Atividade física

Importância da atividade física na oncologia

O câncer é uma importante causa de mortalidade em todo o mundo. Hoje temos inúmeras terapias disponíveis no seu tratamento. Porém, é importante entendermos os fatores de risco modificáveis ​​na prevenção e no seu prognóstico. Segundo a Organização Mundial da Saúde, aproximadamente 35% das mortes relacionadas ao câncer podem ser atribuídas aos fatores de risco modificáveis, entre os quais a obesidade e a falta de atividade física desempenham um papel importante. A atividade física está se tornando uma estratégia cada vez mais importante para modificar o risco de câncer, bem como reduzir a morbidade e mortalidade pré e pós-diagnóstico. Há inúmeras pesquisas cientificas mostrando que o exercício e as intervenções de atividade física trazem benefícios ao paciente. Diversos mecanismos têm sido descritos para comprovar este efeito, tais como: a melhora a resposta do sistema imunológico (Hojmann, 2017, Walsh,2011); redução na quantidade de tecido adiposo – principal local de estocagem de toxinas cancerígenas; reduz os níveis de estrogênio e testosterona (Friedenreich et at, 2005), reduz a taxa de açúcar no sangue, consequentemente, a secreção de insulina e IGF, mediadores do processo inflamatórios sistêmicos.

O nível de evidencia para prevenção epidemiológica varia de acordo com o local do tumor: temos fortes evidencias para cólon, mama e endometrial, e menos evidente para pulmão, pâncreas, ovário, próstata, rim e estomago. (Lugo, 2019).

Além dos benefícios gerais a saúde, as evidencias disponíveis indicam que a atividade física promove melhora da aptidão cardiorrespiratória, função física, composição corporal, e nos sintomas relatados pelos pacientes durante o tratamento, como fadiga, qualidade do sono, sensação de empoderamento; (Ballard – Barbash et al. 2012; Sasso et al, 2015), sarcopenia (Christensen et al. 2014), depressão (Cooney et al., 2013; Mishra et al., 2012, Newby et al., 2015).

Entender o real benefício da atividade física e do exercício físico e praticá-lo com regularidade, é a chave para a prevenção. No caso do paciente oncológico, ele deve ser avaliado e acompanhado por um profissional que entenda as especificidades da doença e dos tratamentos, de forma humanizada e personalizada, respeitando cada momento da doença, do tratamento e pós tratamento.

Mas, não se esqueça antes de começar, é importante ter a autorização medica e realizar a avaliações clinicas e laboratoriais.

 

Atenção: É permita a reprodução deste artigo desde que citada a fonte.
Autor: Kamila Favarão Adorni
Fisioterapeuta formada pela Universidade Bandeirantes em São Paulo, atua na área de mastologia há 14 anos e atuou na área esportiva por 4 anos.

  • Pós-Graduada no Aparelho Locomotor do Esporte – Unifesp
  • Mestra em Saúde da Mulher – Unisa
  • Formação em Terapia Física do Edema e Linfedema – Método Vodder
  • Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia em Oncologia
  • Membro da equipe do Prof. Dr. Alfredo Barros
  • Sócia Fundadora Onco Movimento
  • Área de atuação: mastologia – atuando nas complicacoes linfáticas, e nas complicações advindas do tratamento oncológico.

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